Ainda que um ativo traga diversos benefícios para a sua conta, ele sempre terá algum risco. Além disso, é impossível prever quando as mudanças do mercado irão ocorrer, bem como crises econômicas, problemas de gestão e outros fatores. É nesse momento que a diversificação de investimentos entra no jogo.
Ainda que os riscos nunca parem de existir para quem investe, é válido lembrar que, por meio da diversificação, esses danos podem ser minimizados. Um grande volume de capital jamais deve ser administrado em um mesmo local. Confira, logo abaixo, um guia completo sobre o assunto.
O que é diversificação de investimentos?
A diversificação de investimentos nada mais é do que uma estratégia criada para distribuir o dinheiro entre vários ativos de segmentos diferentes. Dessa forma, os seus investimentos não ficam somente em um lugar, evitando que todos eles sofram com a mesma consequência de uma única vez.
O responsável por disseminar esse conceito, e alertar os investidores, foi Harry Markowitz, um economista estadunidense responsável por dar introdução ao conceito da Teoria Moderna do Portfólio, bem como a mostrar o motivo dos investidores precisarem diversificar a sua carteira.
Por que diversificar é importante?
Um dos elementos mais importantes se você está pensando em aplicar o seu dinheiro enquanto iniciante, com toda a certeza, é a diversificação de investimentos. O principal foco dessa ação é reduzir riscos e, consequentemente, obter os rendimentos desejados. Se você deposita todo o seu dinheiro em um único lugar, então saiba que as chances de perdê-lo são muito altas.
No entanto, quando você tem a capacidade de distribuir o valor que quer investir em diversas partes, fica muito mais simples conseguir rendimentos de alguma delas, mesmo que haja uma pequena perda no processo. Assim, o investimento fica balanceado e, a longo prazo, os resultados serão ainda melhores e mais vantajosos.
Como diversificar a sua carteira de investimentos?
Para saber como proteger seus investimentos com a diversificação da carteira, mesmo que sejam os tipos de investimento a curto prazo, é preciso ficar atento a alguns passos essenciais e indispensáveis. Confira, abaixo, um passo a passo simples para levar a ideia adiante.
1. Compreenda o seu perfil de investidor
Você vai precisar, antes de qualquer outra coisa, entender qual é o seu perfil de investimento antes mesmo de começar a aplicar dinheiro em alguma ação. Essa análise toma como base a sua aceitabilidade para assumir riscos e quando deseja obter os resultados, se será a curto, médio ou longo prazo. Muitos brancos usam questionários para ajudar o possível investidor.
Atualmente, são conhecidos os seguintes perfis de investidores:
- Conservador: não tolera muitos riscos e deseja ter uma rentabilidade mediana;
- Moderado: tolera risco médio, mas deseja uma rentabilidade maior;
- Arrojado: consegue tolerar riscos muito altos para obter uma rentabilidade igualmente alta.
Se você é um investidor e quer que o seu perfil seja definido da maneira correta, então será necessário avaliar 3 coisas: o prazo, o risco e o objetivo das suas aplicações. Além disso, também é necessário informar que a sua personalidade, em relação aos investimentos, poderá mudar de acordo com as decisões que tomará.
2. Escolha a classe dos seus ativos
Logo em seguida, é preciso que o investidor tenha em mente em qual classe de ativos irá colocar o seu dinheiro para compor uma carteira sólida e rentável. Na diversificação da carteira, existem várias possibilidades de aplicação, tomando como base a renda fixa e variável.
Dentre as opções mais populares, podemos mencionar:
- Renda fixa;
- Fundos imobiliários;
- Commodities;
- Derivados;
- Ativos monetários.
Também é válido dizer que existem algumas outras modalidades de investimento fora do país, onde o investidor tem a possibilidade de comprar ativos no exterior, como os Estados Unidos, uma das opções mais fortes e rentáveis.
3. Defina a proporção entre as suas classes
A proporção entre as classes de investimento, ou seja, a forma como você vai distribuir a renda entre as suas escolhas, é uma das partes de maior relevância dentro da diversificação de investimentos, dependendo, única e exclusivamente, do perfil do investidor. Por isso, é importante pesquisar e definir os seus objetivos.
Para as pessoas que possuem um perfil conservador, é possível que a renda fixa ocupe cerca de 100% da carteira. Para o moderado, o equivalente a 60% em renda fixa e, mais ou menos, 40% em ações e fundos imobiliários. Para os arrojados, a escolha pode ser de 90% em renda variável, enquanto os outros 10% ficam à escolha.
4. Escolha os seus ativos para uma boa diversificação de investimentos
Após fazer a definição da separação dos valores que serão atribuídos à sua carteira, está na hora de escolher os ativos. Ainda que esta seja uma das partes mais difíceis, é preciso checar com cuidado e não desanimar. São várias as segmentações para fazer a sua diversificação de investimentos dentro das classes.
Ao investir em ações, devemos pensar nos setores e, dentro deles, buscar mais uma série de ativos. De acordo com a escolha do investidor, é possível observar se o setor é mais arriscado e se poderá gerar maior rentabilidade. O mesmo acontece se ele optar por algo menos arriscado, consequentemente gerando menos rentabilidade.
Para que os ativos sejam selecionados de maneira adequada, visando a diversificação da carteira, é necessário filtrar um a um conforme os objetivos do próprio investidor, sendo a curto, médio e longo prazo, além de estudar os indicadores de cada um deles.
5. Mantenha o acompanhamento para uma boa diversificação de investimentos
Para finalizar as dicas de diversificação de investimentos, é indispensável manter o acompanhamento de seus ativos. No entanto, também é necessário controlar as suas emoções, tendo em vista que o mercado apresenta grande volatilidade e pode variar a todo o momento, para cima ou para baixo.
Ainda que os objetivos do investidor mudem ao longo do processo, é sempre importante analisar a carteira de forma periódica e buscar organizar sempre que for necessário. Ainda assim, do mesmo modo que foi falado antes, é preciso não mexer nas aplicações a todo o momento.
Há limitações para a diversificação da carteira?
Quando o assunto é diversificação de carteira, não há, de fato, uma limitação. No entanto, a diversificação em excesso pode causar graves problemas. Ao montar os seus investimentos, faça uma correlação dos ativos e foque em boas opções.
Conclusão
A diversificação de investimentos é um elemento indispensável para a vida dos investidores que desejam obter uma boa rentabilidade em suas opções. Sendo assim, mantenha o seu dinheiro em boas opções e não faça transações a curto prazo, evitando pagar tributos desnecessários.